domingo, 27 de fevereiro de 2011

Conto real ! c2


Dois corpos na mesma direção, percorrendo o mesmo caminho, buscando o mesmo sonho, precisando do mesmo refúgio, sentindo o mesmo sentimento. Distância impécilio descompreendido, impede a presença contínua, separa os toques carnais, afasta o amor do contato preciso... Quebra-mola da vida amorosa, teste de resistência cardiáca, sacrifício por uma prova de amor. As lembranças se tornam combustível de amparo, no pensar dos olhares apaixonados _ naquela admiração preciosa por cada detalhe físico, por cada traço íntimo; no reaver dos lábios unidos, provando do sabor que emana do interior; no imaginar dos braços entrelaçados _ num aconchego protetor formando um envolvimento particular. São contados os fragmentos milimétricos dos encontros ocasionais, quando estes acabam, a voracidade dos desejos explodem, a vontade de reviver o tempo curto do contato se torna prioridade, o ouvir da voz mansa, no sussurrar de palavras bonitas acalmando o nervosismo, espalhando tranquilidade, apresentando o prazer, o querer interminável por fazer realidade as mensagens declarativas de um sentimento consumado e verdadeiro, o mostrar de inquietações turbulentas presentes na formação do capricho implorando por um novo dia _ o de se eternizar no tempo da paixão. As qualidades que fascinam, o entusiasmo de saber das histórias que o tem protagonista, a anciedade por palavras mágicas [ttamo!], o orgulho de ter consigo a prova da existência do amor que a move. O medo é sempre presente, o de perder, o de acabar, o de nunca mais voltar! O cultivar é preciso, se dedicar é necessário, e a escrita do romance jamais pode parar, o que o giz do enlaço desenhou, distância nenhuma é capaz de apagar.



Escrito por: Keila Bispo

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