domingo, 10 de abril de 2011

! ' flow unconscious ,


Coração tava pesado, a mente trabalhava tão rapidamente na tentativa absorta de te tirar do pensamento, te exclui do meu HD, meu corpo se encontrava no automático, se movia pra lá e pra cá, se contorcia em planos pra disfarçar, mas a necessidade era a de cair no chão, se espreguiçar, não me importar com o mundo e por pra fora o que eu tava sentindo, esperniar, gritar e deixar todos cientes de como eu estava por dentro, espedaçada, ensanguentada, perdida, praticamente sem vida... Estado trágico, aquela dor que vem sem avisar, que no meu sentir começa a se manifestar e no desespero por remédio se apresentava tão perversa. Os transeuntes continuavam a circular a minha volta, gesticulavam em minha direção, pronunciavam em minha procura, e eu a brisar... desnorteada de meus caminhos, me encontrei submetida a lembranças, fechada na minha dor, pois eu não tinha o direito de expor, não era da minha vontade chamar atenção. Foi na escuridão meu refúgio, no silêncio das palavras meu consolo, na imagem do seu rosto meu carcere de mistérios e no improvável esquecimento as feridas que me cortavam como pedaços de ferro, que eu estava a espera do iluminar da lua e no seu assaltar de mágoas, para assim meu ponderado ser as asas soltar, voar e feliz de novo poder sonhar.



Escrito por: KeilaBispo

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