Vendo imagens se projetar ao meu redor é que consegui compreender a simplicidade de variadas situações costumeiras que no perpassar do tempo encontram nosso drama institucional e se envolvem numa camada de dificuldade invisível. É parada numa tarde, sentada no sofá buscando distrações, que o sol invade pelo vidro da porta tentando ser atração, querendo chamar a atenção, e foi assim que ele pode apresentar a dança das nuvens, a mesclagem de cores, foi sua ousadia de iluminar meu canto neutro, que despertou aquela vontade de levantar do sofá, sair de casa e sentar na laje da caixa e apreciar de "perto" o teatro que Deus nos presentiou e que é tão pouco perceptível aos olhos corriqueiros da sociedade humana. Poder sentir a ingenuidade do ar ao entrar e ao sair, ouvir as batidas do coração bombeando vida, observar que o nosso mecanismo esta sincronizado com as maravilhas naturais é conseguir encontrar-se em meio a multidões de estrelas, situar-se e saber de seu valor. É sentada numa laje, com as pernas num balanço constante, as mãos recostadas para trás aguentando o peso de um corpo inclinado, e os olhos fixos no cair da tarde no chegar da noite, que minha mente sinaliza, os meus lábios se unem nem sinal de tristeza, e percebo que não estou com você... as lembranças sempre invadem meus pensamentos, me fazendo imaginar as fantasias inocentes de um amor. O suspiro acalma, o tempo passa, e a tranquilidade vem. Os pensamentos ganham gavetas e são fichados e tudo vai se ajeitando no seu lugar, os martírios vão sumindo, as situações vão acontecendo, o futuro se escrevendo, os amores vão surgindo, os amigos se firmando, meu sorriso se expandindo, minhas lágrimas se escondendo... Assim minhas atitudes e reações, ficam por conta de caminhos, tempo, escolhas... E o caminho de agora é para frente, o tempo de agora é o que leva e a escolha de agora é viver !
Escrito por: Keila Bispo
Keyla! Confesso, esse é um dos seus melhores textos!!!
ResponderExcluirDeixar que a manifestação da natureza e das coisas De Deus curem nossas dores parece ser a solução!!
Permitir que a passagem do tempo leve consigo o que nos inquieta revela um grande aprendizado!!!
Dedico ao seu texto uns versos alheios:
Monte Inverno
Rosa de Saron
Composição: Eduardo Faro / Guilherme de Sá
Ouço a voz do vento a chamar pelo meu nome
E creio estar sentido a Sua presença
A minha volta
Olhei pra trás e vi meus antigos sonhos
E até chorei, e hoje sinto saudades do que falei
Lamento demais a sua falta.
Eu quero ver o sol atrás do monte
Eu quero ver o brilho que ele traz
Eu quero ouvir de novo a Sua voz!
Eu mudei, nem sinto, nem vejo as coisas como via antes
Meus amigos cresceram, mudaram, ficaram distantes
Perdoe meu choro, é sincero
Mas digo sim, que mesmo confuso, perdido
Esperas por mim
Os meus olhos fechados Te enxergam bem perto de mim
Espero Te ver nesse inverno.
Eu quero ver o sol atrás do monte
Eu quero ver o brilho que ele traz
Eu quero ouvir de novo a Sua voz!
ebaaa ! Brigada bal, ' .. gosto sempre de saber seu palpite ! ' . Obg pelos versos, sempre me inspiram ! ' ..
ResponderExcluirBeiju '